Uma cidade que fica na memória...

Monte Santo fica na memória de quem por lá passou e viveu... Monte Santo faz parte da história de muita gente que veio, ficou e se foi. É assim que Monte Santo vira lembrança carinhosa, sorriso nos lábios, histórias recordadas, vozes, lugares, momentos e pessoas que em nossas lembranças jamais envelhecem...
Por isso a Monte Santo de todos deve ser preservada, para que a imagem da memória não seja somente abstrata, mas possa ser reencontrada para matar a saudade. E aí nessa hora, novas lembranças serão construídas, outros momentos serão vividos, mais sorrisos, outras histórias para serem contadas, vozes, mais pessoas e os velhos lugares familiares e queridos.
A família da Patrícia Leite foi dessas pessoas que vieram, ficaram e depois de foram... Mas um pedaço de Monte Santo foi embora com elas e por isso elas também cultivam - mesmo que de longe - a nossa ideia.

Os nossos sinceros agradecimentos a Raísa, Camila, Patrícia e Juliana por essa foto que mais parece corrente de gente.

Barba de serpente...

No nosso jardim vai ter "barba de serpente". O seu nome científico é Ophipogon jarburan. Essa gramínea usada para forração tem a sua origem no longínquo Japão. As plantas também viajam...
Ela também é utilizada como bordadura, desenhando traçados no jardim.  Gosta de sol ou de meia-sombra e não exige muita manutenção.

Fonte: All Vaso Floricultura

O Coronel e o aniversário da cidade...

Silvério nasceu em Pratápolis e se mudou para Monte Santo lá pelos finais do século 19. Ele pertencia à família Pereira de Mello. Foi proprietário de uma fazenda que tinha o nome de Soledade. Recebeu a patente de coronel - como muitos proprietários de terra dessa época - e  se casou com Dona Cândida Emília.

Uma cidade é isso: a teia intrincada que vamos tecendo. São as conexões que vamos criando com pessoas, famílias, amigos, conhecidos, coisas, lugares. A nossa cidade é também privada, constituída pelo modo como nela circulamos. São as ruas por onde onde passamos. São os marcos que nos são importantes.

Hoje é aniversário de Monte Santo de Minas. Os nossos sinceros parabéns a nossa cidade e ao já quase esquecido senhor que a escolheu como moradia e que ainda vive entre nós, emprestando o seu nome a  praça da Matriz.

Nossos agradecimentos a Sander Rogério Ribeiro-Pereira cuja contribuição tornou possível essa informação. 

Ivan...

Cada pessoa, cada amigo, cada cidadão montessantense, ou de algum outro lugar, que veste a nossa camisa, nos dá um presente. Essa pessoa nos oferece vontade, responsabilidade, afinco e a certeza de que estamos fazendo algo cuja importância nem mesmo nós somos capazes de mensurar. Porque essa pessoa nos presenteia com um futuro que estamos visualizando e construindo juntos. Ela nos presenteia com a sensação que "fazemos parte" de algo maior: de uma corrente de solidariedade.
Obrigado, Ivan Celestino Souza, por esse presente que a gente não encontra para comprar.

Procurem Maria Thereza...

(para ler escutando e cantando)

"Maria Thereza é o nome do amor...Maria Thereza é o meu grande amor...É o vento de outono, é o cheiro de mar...é um tempo de beijos querendo chegar.
Maria Thereza é o mundo a viver... Maria Thereza é um sonho a nascer...Se alguém na vida quer achar a beleza, é só procurar a Maria Thereza."

Uma música para homenagear quem nos homenageia vestindo tão belamente a nossa camisa.

Ixora...

O nome desse arbusto é Ixora coccinea...parece nome de personagem trágico saído de um livro do Gabriel Garcia Márquez.
A ixora é planta dos trópicos, de clima quente...ela gosta do calor. Se veste de cores diversas. Ela atrai abelhas, borboletas, insetos polinizadores. A despeito de ser tão linda, ela é rústica, simples e não precisa de muitos cuidados para ser tão bela.

Fonte: Wikipedia

A igreja e a cidade

No Brasil, estudar a construção das igrejas é  necessário para compreender o desenvolvimento urbano de uma cidade. Era a igreja o primeiro marco de um centro que seria urbano...era a sua primeira arquitetura planejada...era dela que emanavam a praça, as ruas... era para onde tudo convergia e de onde tudo divergia. Igreja era para ser vista. Era para dominar a paisagem, a alma dos viventes e garantir uma vida além dessa.

Foto: construção da matriz de Monte Santo de Minas. Arquivo pessoal de Ana Bárbara Rigobelo

O que fica na memória...

Tem coisas que a gente não esquece...A gente não se dá conta da importância que elas têm até perceber que nem mesmo a ação do tempo tem o poder de esvanecê-las de nossa memória. Esse poema de Martins
d´Alvarez, ele aprendeu na quarta série do primário e por conexões sensoriais que nossa mente traquina nos prega, ele se recordou dele ao lembrar de nosso jardim. Talvez porque para ele, o jardim da matriz também é ninho que deve ser protegido. Foi então que o senhor Paulo Saldanha nobremente vestiu a nossa camiseta.

O NINHO

Um ninho de tico-tico,
Feito com arte e primor,
Achei no galho mais rico
Da minha roseira em flor.

Dentre as flores encoberto,
Ninguém sabe se ele existe.
É preciso olhar de perto
Para que a gente o aviste.

E lá no fundo somente
Três ovitos, nada mais...
E o ninho tão fofo e quente!
E os três ovos tão iguais!

Mas tive muito cuidado,
Não toquei com meus dedinhos
Mamãe disse que é sagrado

O ninho dos passarinhos.

Forração...

No nosso jardim vai ter clorofito. O nome científico dessa planta, usada para forração, é Chlorophytum comosum. O clorofito parece uma grama. Suas folhas são longas, podendo chegar a 30 centímetros. Essa planta é de fácil cultivo e não requer muito trabalho...ela só não gosta de ser pisada. Portanto, ao ver um clorofito, "favor não pisar na grama".

Fonte: Jardineiro.net

Só um riacho...

Ontem a Estela Márcia falou assim: "pode ser 'pequena demais'... pode 'não ter nada prá fazer'...pode ser 'a cidade que tinha'...pode ser chamada de qualquer coisa pelas pessoas que conheço e pelas que não conheço também...mas para mim é e sempre será 'o melhor lugar do mundo'...minha terra." 
Dizem que a origem da "terra" da Estela se deve à decadência das jazidas de ouro de Jacuí. Para a lida do dia-a-dia valia mais a pena o cultivo de terras férteis que garantiriam o sustento. Dizem também que essas pessoas a procura de um presente melhor acharam um riacho e próximo dele, erigiram uma capela a São Francisco de Paula.
Esse riacho pode ser pequeno para o mundo... mas é grande para a Estela e para as pessoas de Monte Santo.

O Tejo

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

(Alberto Caeiro/Fernando Pessoa)

Lígia...

Lígia é uma música do Tom Jobim e não poderia ser diferente porque o significado desse nome de origem grega é "musical". Para nós, o nome Lígia lembra a Lígia de Monte Santo, filha da Dona Nequinha, que agitava o Braz. A Lígia, musical e filha da terra, também veste a nossa camisa.

Ave do paraíso...

No nosso jardim vai ter Strelitzia. Essa planta elegante, parente da bananeira e originária da África do Sul, é também conhecida como "ave do paraíso" devido ao seu formato. A strelitzia tem beleza perene...dura muito. Sua folhagem é exuberante e verde escuro. Ela foi introduzida na Europa no século 18 e de lá ela se espalhou pelo mundo. Não requer muitos cuidados e são resistentes a pragas e doenças.

Fonte: Wikipedia e Jardim das Flores

Um lugar para "bater retrato"

Nessa foto aparece a Noeli carregando a Vitória que, tadinha, morreu quando tinha só 8 aninhos. Tem também o Dinho com as mãozinhas cruzadas no meio das pernas e do lado dele, a Dinha, na mesma posição. Aparece também o Tião, o Zé Cabaça, a Sônia e o "sêo" David.
Fotografia faz isso: reproduz infinitamente o que aconteceu uma só vez. Ela traz de novo, por exemplo, a Vitorinha, eternamente acomodada no aconchego do colo da Noeli...
O instante capturado pela máquina fotográfica não volta mais. Ficou para trás na foto e na memória que ela evoca. Mas se a gente não tem a chance de recuperar o tempo escoado, a gente pode recuperar pelo menos o lugar que essa família solenemente escolheu para bater o retrato.
A Praça da Matriz é parte da história de cada um de nós. Mesmo que a gente não se dê conta.

Foto: arquivo pessoal de Ângela David Marinho Reis.

A vez de uma Maria José...

Já teve duas Anas... já teve Paulo... já teve Philip, Renata, Raphael, Neusa e Sebastião. Já teve gente com apelido: Tatinha, Lilinha e Malu. Agora é a vez de uma Maria para ficar bem brasileiro e bonito. Os nossos agradecimentos a Maria José Neves Pontes que vestiu a nossa camisa e aumentou a nossa ciranda.

Um jardim de rododendros

No nosso jardim vai ter azaleia. Tem gente que fala "azálea". É bonito também. Esse arbusto de flores pertence ao gênero Rhododendron e eles germinam flores das mais diversas cores: rosa, vermelha, branca, lilás, laranja, amarela... Dizem que sua origem vem de longe, lá da China e do Japão. A azaleia, assim, vem globalizando o mundo muito antes da tal da globalização.

Fonte: Wikipedia

Ana Maria Baldo e a corrente que não para de crescer

Todas as vezes que alguém veste a nossa camisa, o projeto - que é todos - cresce, fica enorme, se realiza. Cada vez que alguém abraça a nossa ideia, ela fica ainda mais importante do que já é; ela assume ares de responsabilidade, fica séria e começa a fazer  novos planos. Por isso não temos palavras, mas ações, para agradecer a todos os amigos e parceiros que vestem a nossa camisa. São eles que criam a onda que vai transformar o nosso jardim. Obrigado, Ana Maria Baldo, por nos ajudar a  fazer acontecer.

"...apenas uma fotografia na parede, mas como dói"

O mineiro Carlos Drummond de Andrade escreveu assim sobre sua cidade natal:
"Tive ouro, tive gado, tive fazendas
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede,
mas como dói."
O poeta mineiro lamentava em seus versos a descaracterização de sua cidade; a perda dos marcos que lhe eram familiares; o casario bonito não existia mais; a ausência de uma cidade que outrora sua, lhe era agora estranha, estrangeira. Desprovida do que lhe fora tão caro, sua Itabira vivia somente em sua memória: um retrato na parede.
O que nos faz um lugar nos ser caro não é o nome que ele tem ou o Estado onde ele fica: é a continuidade dessa "vida besta, meu deus" que vemos passar com carinho diante de nossos olhos, preservando nela o que nos é mais querido.
Não queremos que Monte Santo seja somente uma fotografia na parede que machuca a alma quando olhamos para ela. Queremos a nossa cidade viva na nossa memória e na memória daqueles que ainda por vir; daqueles que ainda nem nasceram.

A Caliandra Vermelha...

A Caliandra Vermelha é internacional e seu nome técnico é Calliandra haematocephala. Esse arbusto, com flores que se parecem uma esponjinha, é encontrado nas regiões de clima tropical e sub-tropical de todos os continentes do planeta. A Caliandra gosta de sol e se adapta a quase todos os tipos de solo. Ela é nativa de Monte Santo também e se você prestar atenção, vai notar que em muitas casas é possível sentir o toque delicado de suas flores lindas.

Fonte: Blog O Cultivo A Vida
          Wikipedia

Vestindo a camisa...

Hoje os nossos mais calorosos agradecimentos vão para a nossa amiga Tatinha Lamana que preparou uma foto-montagem para lá de bacana para o nosso blog. É muito bom ver Monte Santo vestindo a camisa de nosso projeto!

Minha terra tem palmeira...

No nosso jardim vai ter Palmeira Azul. O seu nome técnico é bismarckia nobilis e sua origem é na ilha de Madagascar. Ela é conhecida com a "rainha das palmeiras" devido a sua beleza e porte majestoso. O paisagista Burle Marx também sabia apreciar o valor dessa árvore e a usou como elemento paisagístico no jardim do hoje Instituto de Arte Contemporânea Inhotim em Brumadinho.

Fonte: Natureza é Arte.

Um pouco da história da Matriz

A primeira capela dedicada a São Francisco de Paula foi construída em 1820 por Francisco Mendes Carneiro, por Francisco Leal Alemão e por moradores da região do Sapé. Foi somente 60 anos depois, em 1888, que se deu início a construção da igreja matriz e em 1937, ela foi oficialmente inaugurada. Se a sua construção contou com a colaboração da população, a igreja matriz  precisa novamente do apoio daqueles que se importam com a nossa cidade para que ela e sua praça voltem a ser o coração de Monte Santo.

Fonte: website da Província Camiliana Brasileira.